sexta-feira, janeiro 12, 2007

Ninguém


Ninguém vê,
Ninguém sente,
Ninguém é
nem acredita.
Ah! Que ninguém é este alguém
de toda a gente.
Ilusão dura de quem se engana
puramente.
Eco escondido no vazio
de um gemido.
Grito perdido entre a surda louca
gente.
Por que te escondes, condição
de nada ser ?
Por que foges desta ambição
que nada é ?
Vem doce cantar, vem pureza
virgem
de um feitiço engrandecido
Perdoa o mal deste esquecer
enclausurado
e deixa ver,
e deixa sentir,
deixa ser
e mesmo crer,
Ah! Deixa que alguém seja
este ninguém de toda a gente.
!

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