segunda-feira, julho 31, 2006

Orson em "No tomorrow"

(do albúm "Bright Idea")

... é segunda-feira (o dia mais chato da semana) e por isso "o que faz falta é animar a malta" ... dancemos!...

see you
!

Dedicado aos que ainda não tiveram férias este ano ...

O tempo de fazer

Esta é a minha vez de fazer
um lugar de terra
e um banco de mar.
Deitado ao sol para navegar
até a minha voz morrer.

A minha vez será desta !

A fazer linhas e arestas
nas cartas de marear
contando histórias e mágoas
que se levam de amar.

Tenho papel e àgua
- tenho chuva e tenho vento !
O fogo das mãos correndo
(na minha fúria guardada)
o tempo de fazer.

E dizer
as penas que humilho e canto
são rotas que não alcanço
são as vezes que Deus faz
tantas vezes sem olhar !

A minha vez será desta !?...

!

"Five for Fighting" com "Superman"

(do albúm "America Town")


Já que estamos em fase de "Superman Returns" (até o Continente patrocina o filme!) porque não ouvir esta excelente música sobre ser-se um superhomem confrontado com a vontade de se pertencer a algo, a alguém ou a algum sítio ("I'm only a man in a silly red sheet looking for special things inside me") ...
... mas antes de mais, quem escreveu a música não devia ler ou ver muita BD, pois não? Um dos versos é "digging for kryptonite on this one-way street" ... isso não o ia matar? ;)

see you
!

sinceramente, não sei ...

Palavras e girassóis

No céu as nuvens brilhavam
por detrás das últimas montanhas.
E tu dançavas no meio do trigo,
à sombra dos aloendros, pressentindo
no canto das cigarras a morte do verão.

E sempre lenta a melodia do crepúsculo,
a noite caminhando pelo pomar, entre
cerejeiras em flor, as pétalas brancas
no seu cabelo como estrelas.

A praça rasgada pelo sorriso,
pelo toque das mãos, calam-se
os sinos da catedral perante
a luz do amor, as palavras azuis,
o brilho dos girassóis dentro do peito.

!

domingo, julho 30, 2006

Death Cab for Cutie com "I Will Follow You Into The Dark" (Plans)


desculpem a repetição, mas, vício é vício ... e como tal é impossível para mim ficar apenas por uma música dos DCFC ... enjoy!
see you
!

Death Cab For Cutie com "Soul Meets Body" (Plans)

Continuando a investir em boa música para bons dias de Verão ...

... este é um dos meus vícios musicais deste ano: o albúm "Plans" dos Death Cab For Cutie ... espero que gostem!
see you
!

realmente ...

Ela ...



A lua ou os olhos vivos
infecto-me da tua sombra infinita de odores,
despedaço-me em alegrias em sobressalto enorme de luz
apesar do teu mel dissolver o sangue,
meu baile desesperado,
Faz-me frio pelos nervos que acordas sempre
na tua voz de vento branco
e um rosto de pedra na curva das minhas visões.
Olho-te, noite de papel
mulher do meu silêncio que brinca à janela.
Dá-me um beijo, amiga de todos os passeios
traz docinhos à minha solidão
e um arrepio santo,
conta-me as quedas brancas
e os amores escondidos nos montes
e a força prolongada em nervuras breves de palavras.
É a lua imensa que segurava os nossos beijos
a rolar desmaiada dentro do sal da minha lágrima
até cavar a dança do riso
e celebrar o teu fogo na minha àgua.
Folha de olhos caídos
faz-me um desenho de verdade,
lá na novidade da lua.
!

sábado, julho 29, 2006

"Couting Crows" com "Accidentally in Love" (OST Shrek 2)

Mais boa música com cheiro a Verão ...

É impossível não sorrir com este video ... e digam lá que não estão a abanar a cabeça ou a bater com o pézinho ...
see you
!

Hino de Portugal (versão júnior)

Infância

Infância desprevenida
Cheia de truques e partidas
Cores e desgostos
Aventuras vividas

Perigos constantes
Sem nos podermos defender
Tivemos de lutar
Será assim até morrer

Infância, onde estás
Tenho saudades tuas
Sem ti não sou ninguém
Ando perdido pelas ruas

E era tudo tão bom
Sem nada que fazer
Não tínhamos obrigações
Era só dormir e comer

Agora te recordo
Os bons tempos que vivi
Ando agora a descontar
O tempo a mais que dormi

Infância, onde estás
Tenho saudades tuas
Sem ti não sou ninguém
Ando perdido pelas ruas

Mas, foi brilhante
Tudo o que passei
Comparando com hoje
Talvez tenha sido um rei

Não vou desistir de procurar
Hei-de ter forças até morrer
Talvez te possa encontrar
Dentro do meu próprio ser
!

sexta-feira, julho 28, 2006

"Josh Ritter" com "Lillian, Egypt"


(do albúm "Animal Years")
... mais uma música que me faz sempre pensar em noites quentes de Verão ... e em como ainda falta tanto para as minhas férias :(
see you
!

Toda a verdade sobre a última ceia :)

Profundo e ruidoso silêncio

Uma noite queimei o meu sonho ...
Fi-lo cuidadosamente para que nada restasse
Ninguém ouviu o sussurro crepitante das chamas
Quando amanheceu levantei-me de onde me sentara
Afastei-me dos escombros enegrecidos e parti
Como não tinha sonhos parti para lugar nenhum
Caminhei sempre pelas veredas picado pelas ervas
Ouvi cuidadosamente o cantar dos grilos
Como quem nada sabe e tudo lhe serve para aprender
Não cheguei a parte nenhuma, apenas vagueei
Não construi castelos no ar nem procurei respostas completas
Fui aprendendo coisas simples:
As andorinhas voando rasteiras quando começa a noite
O sorriso das crianças para afastar o medo
O esforço calculado para apanhar o comboio mesmo antes dele partir
Quando começava a compreender o sentido do movimento
Vi que voltara aos escombros do meu sonho
Ali me deitei, chorando-o por ter perdido as suas recordações
Tanto tempo aí fiquei que me esqueci do que aprendera
Tentei em vão reconstruir o que queimara
Mil fomes eu passei
Em vão gritei:
Não podemos ser felizes só em sonhar?!
(A quem estás a perguntar?)
Em vão gritei
Mil fomes eu passei.
Fugi daquele lugar na madrugada, procurando melhores respostas
Levava um grilo que matara, para não esquecer
Que o seu canto é só o toque das asas no serrilhado das patas ...
E nada de poesias.
!

quinta-feira, julho 27, 2006

Em defesa do Rivoli e de uma política de Cultura na cidade do Porto


Visitem o site http://www.juntosnorivoli.com/ , leiam as razões do protesto, e se concordarem não se coibam de assinar a petição. A Democracia e a luta pelos direitos que ela nos oferece também se faz destes gestos.

in http://nortadas.blogspot.com/ por Marcelo Mendes Pinto

"(...)Como cidadão e como portuense, tenho o direito de expressar a minha indignação. (...)
A decisão da Câmara Municipal do Porto de entregar a privados a gestão do Rivoli-Teatro Municipal constitui um acto político que me parece profundamente errado e com consequências graves para o presente e, sobretudo, para o futuro dos cidadãos do Porto.
E parece-me profundamente errado porque, em primeiro lugar, evidencia a ausência de uma estratégia ou, como se queira, de uma política cultural que a Câmara deveria reclamar como sua, e que neste sector se basearia na divulgação, no estímulo e no apoio da criação artística em todas as suas expressões, na tentativa de atingir públicos amplos e diversificados, na formação desses mesmos públicos e dos próprios artistas, enfim, essa política deveria prosseguir o desenvolvimento cultural do Município, e mesmo de toda uma região de que o Porto se reclama lugar central. É ao fomentar os intercâmbios nacionais e internacionais que se alargam os horizontes culturais e que se alcança o cosmopolitismo que faz a diferença com o provincianismo serôdio em que nos debatemos.
Em segundo lugar, parece-me que esta decisão deriva da não compreensão de um conceito básico, a distinção entre cultura e lazer. Ao entregar a gestão do Rivoli-Teatro Municipal a privados, a Câmara Municipal do Porto estará a transformar o mais importante equipamento cultural da cidade em mero pavilhão recreativo. (...)"

"Nizlopi" com "JCB"


dos mesmos criadores (monkeehub.com) do video que acompanha "Creep" dos Radiohead que podem ver neste blog um pouco mais abaixo ... temos "JCB" dos Nizlopi (do albúm "Half these songs are about you")
... é impressão minha ou é impossível não ver este video até ao final? :)
see you
!

A imaginação ao serviço do preguiçoso ...

Sem temor

Sem temor, rasga-me o peito
Depois, avança como quem pressente a morte:
abraça-a longamente
e ressuscita-me.

Sonho-me onda
mas permaneço estátua.
Queria o teu riso,
o teu riso infantil,
para quebrar o mármore frio
onde não sou e adormeço.

A lua persegue-me
com os seus cristais agudos:
lugar algum me salvará do medo
e a noite
a noite cerca-me
como o pior vento.

Eu sei: há o suave arco das bailarinas,
o silêncio ondulante de um corpo em chamas
a memória da cidade ardendo.
A embriaguez irrecusável
de tudo o que é vago e pleno.

O corpo hesita:
oscila entre o abismo e a terra.
Antes de voar, só o corpo hesita.
!

quarta-feira, julho 26, 2006

"Sandi Thom" com "I Wish I Was A Punk Rocker (With Flowers In My Hair)"


podem achar que o sucesso da Sandi Thom surge fruto de uma campanha de marketing via net ... mas, sabe muito bem ouvir esta música ...
deixo à vossa consideração ...
see you
!

and then it was over

E era uma vez ...

E havia um castelo
e havia um baile
muito para além da noite

E havia multidões
de reis e rainhas
velhas duquesas adormecidas
cravejadas de pequenas flores
de fogo e sangue
Estrelas de papel cintilando
no enorme céu do aquário

E havia soldados e havia guerreiros
ansiando por seus cavalos
de impetuosas crinas e longos olhos
rompendo fundo no sono das princesas
como espadas invencíveis de heróis
arregalados e mortos

E havia a Rainha Má
rindo-se dos convidados de porcelana
livre como um sopro de vento
tecendo com a minúcia e a música do linho
a eterna e triste solidão
!

terça-feira, julho 25, 2006

"Radiohead" com "Creep"

(video criado por monkeehub.com)

aquela que é uma das músicas da minha vida e mesmo que o não fosse é uma música eterna ... e este video está simplesmente perfeito ... espero que aprovem ...

see you
!

Quando Deus se zangou com os homens

Naquele dia igual,
O sol acordou com vontade de trabalhar,
Na manhã ainda fresca logo aqueceu o peixe
Vindo da faina acabada de liquidar,
Chegou cedo ao cimo das montanhas
Para falar à flor eremita
Lá onde as terras são mais castanhas

A noite, tarde rendeu a tarde luminosa
Que se espreguiçara pela terra quente
Abraçara os campos, puxara a si os mares
Possuída de desejo ardente ...
Naquele dia, o sol foi deitar-se cansado,
Ao fundo, paralelo ao horizonte,
Um ninho de nuvens observava-o pasmado!

À noite, Deus não acendeu as estrelas,
Nem uma lanterna pequenina a brilhar!
Restaram-me as estrelas na ponte grande
Enfeitando o céu azul luar ...
Ter-se-á esquecido?
Zangado com os homens?
Adormecido?

Naquele dia, Deus não acendeu as estrelas ...
Viu rios a chorar, fábricas a fabricar,
Fechou os olhos, voltou-se
Viu crianças a chorar, homens a lutar.
Deus, naquele dia igual, não quis acreditar,
Zangado divorciou
As estrelas do luar.
!

segunda-feira, julho 24, 2006

Trabalho para Viver! Não Vivo para Trabalhar!

Sou um conto ...

Amar-me-ias se te dissesse
Que sonho com índios sentados na areia
Com semideuses sádicos
Ou dragões de fogo?

Com naves espaciais que cruzam oceanos
Muito maiores
Do que era o Atlântico
Para as naus?

Amar-me-ias se te contasse
Que sou um actor do fantástico
Agora um monstro
A seguir um nobre cavaleiro ou um astronauta?

Que tenho tantas histórias para te contar
Que afogam em mim as palavras
E me deixam mudo à tua frente?
Só isso.
!

domingo, julho 23, 2006

Conversas com Deus (por Nuno Markl)

Parem - judeus e muçulmanos - com a insanidade no médio oriente !

Nem todos os problemas da mulheres são causados por nós (homens) mas às vezes deve parecer ;)

Querer

Queria ser a lua
nas noites encantadas,
a lua que desenrola
o seu meigo velório de prata,
que me ilude
com perspectivas fantásticas
sobre a nudez
do mundo em que habito !
Queria ser,
o sonho que alguém sonhasse !
!

sábado, julho 22, 2006

Há por aí alguém a precisar de sorrir?

Desejo

Hoje menos que dantes
eu sou nada ...
e agora minha alma,
outrora inebriada,
hesita, vacila, soluça e suspira.
Sinto em mim uma longa mágoa,
sentimento incerto e suave.
Tinha desejado dominar o mundo.
E a minha pobre alma,
outrora inebriada,
hesita, vacila, soluça e suspira.
Sinto em mim uma longa mágoa,
sentimento incerto e suave.
Tinha desejado dominar o mundo.
E a minha pobre alma,
outrora inebriada,
deseja tudo e ainda nada ...
!

Gordo, eu? Inteligente, isso sim!

Pedras no caminho? Guardo todas ...

Percebo

Percebo que me amas,
mas não me queres,
que me queres,
mas não me podes ter,
que até me podias ter,
se quisesses mesmo,
mas, achas que não deves.

Quer dizer,
percebo e não percebo,
mas, tenho a certeza
de uma coisa,
não podias amar-me mais,
mas, podias fazer um esforço.
!
" WHAT IS WRITTEN

WHITOUT EFFORT

IS IN GENERAL READ

WITHOUT PLEASURE "


SAMUEL JOHNSON