domingo, julho 30, 2006

Ela ...



A lua ou os olhos vivos
infecto-me da tua sombra infinita de odores,
despedaço-me em alegrias em sobressalto enorme de luz
apesar do teu mel dissolver o sangue,
meu baile desesperado,
Faz-me frio pelos nervos que acordas sempre
na tua voz de vento branco
e um rosto de pedra na curva das minhas visões.
Olho-te, noite de papel
mulher do meu silêncio que brinca à janela.
Dá-me um beijo, amiga de todos os passeios
traz docinhos à minha solidão
e um arrepio santo,
conta-me as quedas brancas
e os amores escondidos nos montes
e a força prolongada em nervuras breves de palavras.
É a lua imensa que segurava os nossos beijos
a rolar desmaiada dentro do sal da minha lágrima
até cavar a dança do riso
e celebrar o teu fogo na minha àgua.
Folha de olhos caídos
faz-me um desenho de verdade,
lá na novidade da lua.
!

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