quinta-feira, junho 28, 2007

Soneto da Criação


E tudo começou como um desvio
Do nada ser, do tempo haver, também,
Parecia o universo de ninguém,
Que nem pertença era do vazio.

Até que num lugar algo surgiu
O Querer e o Sentir, o Mal, o Bem,
Uns olhos a fitarem o além,
Por submissão, talvez, por desafio

De solidão, no íntimo, que assusta
Da causa de viver, certa ou injusta,
Do medo à espera que a razão reaja

E sem saber a que atribuir a Dor
Que é sempre, ou da saudade, ou Amor
Como pensar em Deus ? Senão que haja !
!

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