O lago quente adormecia a terra
e o vento gelado assustava a terra
era a tua temperatura
A distância próxima do grilo musical
só o cheiro do chão ainda vivo
eras breve
A fome dos gritos por toda a parte
todas as cores no desenho
eras a minha flauta
A tempestade vomita fogo
o melro assustado pia rápido
teu coração ao pé de mim
Chuva de Maio
a gota a escorregar no ramo
todas as tuas lágrimas
No teu jardim de risos
todo o silêncio
é terra pó
Caíste na lama
e o teu corpo miserável
ficou tão límpido
Ficaram duas flores de ti
e o sol fogo plantado em minha casa
queimaste-me
Em cada beijo teu
sinto a falta
de beijos
O tempo nasceu
quando o teu sorriso inumano
me deixou
Tenho muito medo
ao pé do teu descanso
crescem cardos
Tu
és um fantasma
do teu corpo em carne viva
Tenho uma mão gelada no peito
e tenho uma mão quente no gelo,
para me lembrar de ti
mas
Dá-me a tua mão com toda a força
que a tua mão
pressinta
porque
O sol derrete-se em nódoas pendentes
pela tua luz bela
negra e branca
!
segunda-feira, agosto 07, 2006
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